Seu corpo é um diferencial competitivo?

Você já pensou no seu corpo como um grande diferencial competitivo nas apresentações em público? Ele poderá ser ou não, dependendo de como você encara a sua missão de se apresentar perante uma plateia.

Longe das ferramentas high-tech, independentemente das estratégias comerciais mais bem elaboradas, a linguagem corporal é algo que pode e deve ser otimizado nas relações interpessoais mediante treino constante das habilidades verbais e não-verbais

Podemos potencializar a capacidade de expressão física e a forma como nos apresentamos. Esse diferencial depende, única e exclusivamente, da nossa compreensão quanto à importância de cada gesto que permeia a interação humana.

O corpo é um mapa fidedigno de nossa história pessoal.

Nele está inscrito tudo aquilo que vivemos, todas as emoções…

Não reconhecer o que os movimentos corporais revelam é não reconhecer a memória do nosso passado e a cara do nosso presente.

O corpo é um espelho altamente revelador do inconsciente. Ele mostra flashes da personalidade, expõe crenças, valores, preconceitos, forças e fragilidades do caráter. Não nos deixa mentir e escancara os segredos mais íntimos… Não adianta, mesmo que não queiramos, nosso corpo fala e, às vezes, grita! Ele trai o que a palavra insiste muitas vezes em esconder, ele tira os véus e desnuda quem realmente somos…!

As mensagens que emitimos por meio do nosso corpo constroem aquilo que temos de mais verdadeiro e substancial. A linguagem corporal, quando bem utilizada, ajuda a dizer o indizível, a dar forma a um sentimento e a concretizar as imagens das emoções mais verdadeiras.

Como apresentadores, exercitando o nosso ofício de transmitir ideias com naturalidade, envolvemos, além da palavra, o jogo fisionômico, a postura cênica, a flexibilidade dos músculos, o domínio das expressões faciais, dos movimentos de braços, pernas e quadris.

A plateia lê pela nossa linguagem corporal o nosso humor, nosso medo, nossa atitude defensiva ou receptiva. Sabe-se que 55% de nossas comunicações são viabilizadas pela expressão do nosso corpo. A fala do corpo pinta a forma das palavras.

Os sinais involuntários do corpo, assim como os sinais externos (constituição física, forma de andar, jeito de se vestir, penteado) são pistas que revelam ao público quem você é, como pensa e vê o mundo.

Daí a importância da lapidação verbal e não-verbal para que o sentimento, a ação, a palavra e os movimentos corporais atendam à necessidade primordial da inteireza e congruência da mensagem, num todo afinado e integrador, resultando numa comunicação sem barreiras.

Sempre que você se apresentar em público, mesmo em ocasiões informais, os gestos devem ser claros e expressivos, porque isso ajudará a reforçar, a complementar e a compreender melhor as ideias. Mas, fique atento, pois o excesso deles não substituirá a falta de conhecimento sobre o assunto e comprometerá a apresentação.

Quando se trabalha bem a postura corporal e sabe-se em que momento gesticular ou quando usar a expressão facial da forma mais natural, pode-se então proporcionar imagens marcantes e exatas sobre as informações que se comunica. Dessa forma, a tradução das ideias fica mais fácil, deixando a apresentação mais rica e multidimensional. O segredo para isso são os gestos ordenados, rítmicos, seguros e harmoniosos.

Vejamos algumas técnicas facilitadoras:

– Procure conhecer o impacto que a sua linguagem corporal provoca nas platéias. Isso ajuda no processo de autoconhecimento e permite identificar o que nos aproxima ou nos afasta das pessoas.

– Quando estamos nos comunicando, precisamos sentir nosso corpo muito firme no chão. Imagine um fio que sai da terra, passa pelas pernas, pela cabeça e alcança o teto. É um fio flexível, mas firme, que sustenta muito bem a estrutura corporal e evita que ela desmonte, conferindo maior domínio físico e permitindo uma dança mais equilibrada dos gestos. Os pés e pernas devem ficar paralelos sem estarem enrijecidos. Para isso dê uma ligeira “quebradinha” nos joelhos.

– Evite a postura subserviente: os ombros caídos, o olhar baixo, as costas curvadas e uma expressão de desamparo não contribuem para uma comunicação efetiva. Em contrapartida, um nariz empinado, olhos ameaçadores, queixo erguido e ar de superioridade costumam criar um distanciamento da platéia e uma certa animosidade.

– Estabeleça a interação visual. O ser humano gosta de ser olhado, valorizado e aceito. Olhe para as pessoas e não por cima de suas cabeças. Os olhos existem também para promover o diálogo silencioso do contato visual.

– Quando se sentir tenso, olhe para a pessoa que lhe parecer receptiva, guarde essa imagem dentro de você como uma âncora positiva e prossiga com sua palestra. Caso haja um olhar hostil por parte de um espectador, evite-o durante algum tempo, até você ficar mais seguro. A rigidez muscular interfere na harmonia dos gestos.

– A segurança e simpatia com que olhamos nossa plateia são alavancas importantes para o envolvimento e a busca da sintonia com a plateia. Olhe com simplicidade para seus ouvintes. Deixe-os perceber que você está querendo realmente promover a integração.

– Cuide das expressões faciais. Elas são o termômetro das emoções do comunicador. Por meio delas depreendem-se a afetividade, a segurança, a autoridade sobre o assunto, o entusiasmo e a crença na mensagem que está sendo transmitida. O jogo fisionômico expressivo desperta o interesse da plateia, envolvendo-a numa sintonia fina que valoriza a força da apresentação.

– Se o assunto permitir, exiba o seu melhor sorriso, aquele que reflete o seu lado mais bonito. O sorriso espontâneo e natural é um convite ao público: “a porta está aberta, seja bem-vindo”. Os espectadores tendem a sentir-se mais à vontade diante de pessoas com sorriso franco, receptivo.

– Procure seguir os elementos regularizadores da gesticulação eficaz: espaços pequenos pedem gestos menores;
> espaços abertos, grandes, pedem gestos amplos;
> o gesto precisa vir acompanhado de uma intenção de estar sintonizado com a palavra.
> Não utilize gestos exagerados e estereotipados.

– Deixe que as mãos acompanhem naturalmente a sua fala. Se não souber o que fazer com elas, deixe-as ao longo do corpo. Aos poucos elas encontrarão espaço para expressar-se.

– Fique atento para que seus movimentos estejam alicerçados numa idéia que os fortaleça e ganhe significado na transmissão da mensagem.

– Sintonize os movimentos corporais com a palavra, buscando o equilíbrio.

Não basta que o corpo se expresse: é preciso que ele se comunique! Para isso é necessário fazer uma análise objetiva da força e da coerência da nossa comunicação não-verbal. O corpo é um instrumento que, se bem afinado, promove maior harmonia e maior consistência da mensagem. Se quisermos conquistar a autenticidade da linguagem corporal, é preciso que haja uma intenção bem formulada e adequada da mensagem. Se isso não estiver bem definido, a gestualidade resultará em movimentos vazios, em falta de credibilidade, causando perturbação nos espectadores. O ideal é que a comunicação não-verbal ilumine a apresentação e não se torne uma sombra que diminua o poder e a dimensão positiva das ideias veiculadas.

É necessário trabalhar pelo gesto vital! Os movimentos podem propiciar beleza, plasticidade, consistência e força simbólica à mensagem: gesto e palavra devem estar ajustados à excelência do processo comunicativo.

Enfim, observe se a sua postura está casando com a sua personalidade, treine e aprimore-se, seja mais autêntico em suas comunicações formais e informais, encante os seus ouvintes e… Sucesso!

OBS.: Material retirado dos Programas de Comunicação com Foco em Resultados e Técnicas de Apresentação em Vendas.

Eunice Mendes- Consultora do instituto MVC

 

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