Resistência à Mudança

Mudança assusta todo mundo! Não adianta negar ou fugir disso. Fomos treinados para a estabilidade, para as regras bem definidas, para a rotina bem estruturada, o tempo retilíneo uniforme, sem nenhuma surpresa ou variação.

Infelizmente, a vida não é, nunca foi, assim tão certinha como querem os conservadores. Ainda mais em pleno século XXI, quando o império da tecnologia põe por terra a todo momento algumas das mais preciosas crenças e práticas, veneradas há séculos pela humanidade.

A EQUAÇÃO DA MUDANÇA
M = N – R

Esta é a equação que eu uso para explicar o papel da resistência no processo de mudança. Na equaça, Mudança (M) é igual a Necessidade(N) menos Resistência(R). A partir daí, podemos tirar as seguintes conclusões:

1. A mudança só acontece quando a necessidade percebida (que gera vontade de mudar) é maior do que a resistência (equivalente a apego ou medo de perder)

2. Não haverá mudança, evidentemente, se a resistência for igual ou maior do que a necessidade. É verdade. Lulu Santos tem razão: Tudo muda o tempo todo no mundo. Portanto, é inútil resistir. O melhor é embarcar de cabeça na mudança e aproveitar cada “balançada da vida” para crescer e melhorar minha “performance” mais um pouquinho.

Há muito tempo eu percebi que O OBJETIVO DA MINHA RESISTÊNCIA (de qualquer resistência!) É PRODUZIR DESISTÊNCIA. Eu resisto porque eu tenho medo. Resistir nada mais é do que insistir em ficar onde eu estou, ou seja, em desistir de mudar e crescer.

Resistir à mudança é fugir do meu crescimento, negando a própria necessidade de crescer para lidar com as situações novas que a vida está me apresentando. Resistir é uma forma de esconder a minha fragilidade, a minha limitação, a minha incapacidade de acompanhar o movimento eterno da criação.

Resistir é sobretudo uma forma de evitar, ao custo que for, seja de modo ostensivo ou de modo muito sutil, as mudanças e transformações – TRANSMUTAÇÕES – que eu preciso realizar para me realizar ou seja, para me tornar uma pessoa real, deixar de ser uma mera ficção.

Ao “fugir do pau” da mudança, sempre eu justifico para mim mesmo que eu estou apenas me resguardando para não fazer besteiras, sendo prudente e cauteloso para não promover mudanças que acabem mais me prejudicando do que me ajudando a crescer, evitando embarcar cegamente em modismos passageiros…

Mas no fundo o que eu estou fazendo é FUGINDO DOS MEUS DESAFIOS, REPRIMINDO MEUS IMPULSOS DE CRESCIMENTO, RECALCANDO MEUS DESEJOS, promovendo a minha própria ruína e infelicidade, aumentando progressivamente a minha incapacidade de me adaptar à vida e ao universo que não param de dar voltas à minha volta.

As coisas nunca foram nada fáceis para quem resolve colocar em prática seus planos de crescimento e desenvolvimento pessoal. No momento em que eu decido implementar mudanças na minha vida, as resistências começam a surgir de todo lado – muitas vezes de gente que sempre esteve do meu lado. Ao contrário, os estímulos, que a gente precisa tanto nesses momentos de mudança, costumam ser muito limitados, comedidos e escassos.

Na maioria das vezes, quem quer crescer tem que travar uma guerra solitária e muito desigual com pessoas que não apenas não querem mudar como também não querem que ninguém mude, que não suportam a idéia de ver gente mudando à sua volta. Como “gatos pesteados”, que não bebem o leite nem deixam ninguém beber, essas pessoas tentam de todas as formas dificultar a vida de quem está crescendo, e muitos chegam mesmo a desistir de ir em frente por causa das suas investidas.

Mas saber lidar com pessoas que não querem crescer é exatamente um dos mais importantes crescimentos, e um dos primeiros a ser buscados. Caso contrário, a tarefa de crescer pode ser abortada.

Há um outro grande perigo a ser enfrentado: – é a nossa própria resistência à mudança “pegar carona” na oposição sistemática de outras pessoas ao nosso crescimento. Nesse caso, os outros passarão a justificar a minha própria preguiça e inércia em romper paradigmas e mudar meu comportamento.

DESCULPAS E JUSTIFICATIVAS MAIS COMUNS PARA EU NÃO MUDAR

Eu já passei da idade (se eu fosse mais jovem…)
Alegar um impedimento qualquer por questão de idade é na verdade uma grande mediocridade! Idade só é limite para alguma coisa quando eu próprio me deixo limitar. Em que pese uma pessoa de idade mais avançada não possuir o mesmo vigor físico ou agilidade mental de um jovem, nada impede que eu tente fazer no meu ritmo, do meu jeito, dentro dos meus limites e possibilidades. Vejo pessoas – não uma nem duas, mas uma montão – que deixam de fazer coisas que querem e podem só porque acham que não devem, única e exclusivamente em função da sua idade! Deixam de se divertir (dançar, por exemplo, é só para jovens, dizem), deixam de amar (“ficar”, por exemplo, é só para jovens, afirmam com a convicção dos conformados…), deixam de usar esse ou aquele tipo de roupa (imagina um “velho” usando esse tipo de coisas!), deixam de estudar (eu não tenho mais cabeça para aprender…), deixam de querer produzir e progredir profissionalmente (estou só esperando pela minha aposentadoria…).

Privar-me das coisas que eu quero, posso e gosto de fazer na vida por questão de idade é ainda uma grande auto-sacanagem, uma forma de me penitenciar por uma coisa que não é crime, mas um fato natural da vida: – envelhecer. É preciso combater duramente essa desculpa que faz com que muita gente se aposente mentalmente aos 18 e fique por aí (agora cada vez mais tempo, graças à ciência) ocupando espaço, parados no tempo e no espaço, e criticando, em tom amargo, quem continua a crescer, a despeito de qualquer limite de idade.

O mundo é assim; não adianta querer mudar.
Por trás dessa aparente resignação, existe uma grande covardia, um grande comodismo, que me leva a não tentar mudar nem ao menos o que está ao meu alcance e é da minha competência. Só porque as coisas se apresentam de uma certa maneira agora, não significa que elas tenham de ser assim para sempre. A maioria das situações que me incomodam foram criadas por gente, pessoas de carne e osso como eu. Portanto, podem ser também modificadas por pessoas de carne e osso, como eu. É claro que existem coisas muito difíceis de serem mudadas. Mas tudo começa com um pequeno passo, um pequeno empurrão, uma palavra, uma ação, um movimento. Exatamente o pequeno passo, o pequeno empurrão, a palavra, a ação, o movimento que está nas minhas mão realizar, aqui e agora.

É o meu destino…
Destino nada mais é do que um retrato que eu tiro do futuro e começo a viver em função dele. É muito confortável apoiar-me na ideia de que existe um destino por trás de cada coisa que acontece comigo. Nesse caso, eu não preciso fazer nada, eu não posso fazer nada, eu não tenho escolha, já que tudo na minha vida já está programado, devidamente escrito nas estrelas… Mas a tal “força do destino” é na verdade a força das minhas escolhas, das minhas ações e omissões, aqui e agora, no presente. Mas é inútil eu tentar me enganar. Minha vida é fruto das minhas escolhas e ações, dentro do total livre arbítrio que a Natureza me delegou. Para saber como será o meu amanhã basta eu olhar o que estou fazendo pelo meu hoje, hoje…

O que é que vão pensar de mim? (o medo da reação das outras pessoas)
Depois de usar essa desculpa por muito tempo, até ela ficar completamente esfarrapada, finalmente descobri a esperteza que existe por trás dela. Na verdade, o que os outros pensam de mim não é, nem nunca foi da minha conta (exceto na hipótese em que “os outros” sejam um juiz da vara de família ou um fiscal do imposto de renda…). Fora isso, pensar no que os outros pensam ou deixam de pensar ao meu respeito é imaginar que eu sou alguém de tamanha importância que os outros reservam boa parte dos seus pensamentos para me analisar e criticar. Ora bolas, quem me conhece? Além do mais, as pessoas andam tão preocupadas em saber o que as outras pessoas estão pensando delas mesmas que não lhes sobra tempo para pensar nada ao meu respeito…

Assim, não é a minha alegada falta de tempo, de recursos e de oportunidades o principal obstáculo ao meu crescimento e desenvolvimento pessoal. O medo da reação das outras pessoas é de longe o principal freio a todos os meus projetos de mudança. Ninguém gosta de admitir isso, particularmente esses açucarados livros de auto-ajuda que povoam as estantes das livrarias com suas fórmulas de felicidade instantânea.

Eu próprio já figurei inúmeras vezes na estatística dos que “abrem mão de crescer por medo da reação que os outros possam ter”.

Para se ver livre da opinião e da oposição de terceiros as minhas melhores “receitas” sempre foram:
1. Manter o foco nas mudanças que eu quero realizar
2. Fortalecer ao máximo a minha auto-estima, de modo a poder ficar auto-centrado e contar comigo e com todo o meu apoio, nos momentos em que eu vier a ser vítima de qualquer tipo de “assédio moral”

Enfim, a chave para me proteger das investidas alheias no meu território pessoal – particularmente críticas, opiniões e julgamentos devastadores – é me lembrar, sempre, que, eles queiram ou não, gostem ou não, eu continuarei a ser eu mesmo, com ou sem a aprovação deles. Ou, na imagem popular que há anos eu venho divulgando em minhas palestras, adotando a filosofia de cavalo em parada de 7 de setembro: – cagando, andando e sendo aplaudido (he, he, he)…

Não há realmente nada que eu possa fazer…
Embora haja situações e momentos em que eu realmente atinjo o limite das minhas possibilidades, na maioria das vezes eu sou capaz de fazer muito mais do que eu estou fazendo e do que eu estou pronto a reconhecer – até para mim mesmo – de que eu sou capaz.

Aqui, novamente, é o medo que está por trás, ditando as regras. Medo de errar, medo de arriscar, medo de fazer e não dar certo, medo de dar com os burros n’água, da vaca ir pro brejo, essas coisas.

O problema é que, a única maneira de eu saber se vai ou não funcionar é fazendo. Ação, por menor que seja, é a única solução contra resistência à mudança.

Bons tempos foram aqueles… (feliz o tempo que passou, passou…)
Viver “aqui e agora” é a mesma coisa que estar em sintonia com o presente, adaptado às circunstâncias que o presente me oferece, aqui neste momento, agora, neste lugar.

Readaptar-me permanentemente às novas circunstâncias que o presente me oferece, em cada momento, em cada lugar, sempre exigirá algum tipo de mudança no meu comportamento, no meu estilo de vida. Recorrer à memória dos “bons tempos passados” é uma das minhas desculpas favoritas para adiar o máximo possível a incômoda tarefa de viver no presente, tendo de me readaptar a ele.

O pior é que, nessas horas, a memória é altamente seletiva, sempre me mostrando o passado com lentes “cor-de-rosa”, de modo a contrastar o máximo possível com as “coisas terríveis” que estão acontecendo no presente… O que justifica e aumenta ainda mais a minha resistência em mudar.

Não vale a pena
O medo de arriscar me manda dizer que “as uvas estão verdes”, como na fábula de Esopo. Se eu acreditar pra valer na idéia que não vale a pena, terei poupado um mundo de esforços que, de outra forma, a mudança me exige. Mas até quando poderei permanecer comodamente instalado na minha “mesmice de sempre”, dizendo, por exemplo, que “não vale a pena aprofundar meus conhecimentos em informática” ou “esforçar-me para dominar outro idioma”? Será mesmo que só a minha justificativa é capaz de segurar a minha barra?

Bem que eu gostaria, mas não me deixam mudar…
“Deus é testemunha da vontade que eu tenho e do esforço que eu faço para mudar, mas… (meu chefe, minha mulher, minha empresa, a cidade onde eu moro, o pessoal do meu prédio, minha família, meus vizinhos, etc, etc) NÃO ME DEIXAM MUDAR!”

Não deixa de ser confortável pensar que eu estou fazendo tudo que eu posso para mudar e que são os outros que me impedem de fazer maiores progressos ou, pior, que não me deixam nem sair do lugar.

Ainda que os outros tenham essa “extraordinária capacidade” de impedir o meu crescimento – o que é absolutamente falso – ainda assim eu continuo sendo o único responsável em administrar a minha vida e, portanto, em tomar decisões e empreender as ações de mudança que forem necessárias. Inclusive MUDAR DE “OUTROS”, a partir do momento que eu constatar que os meu “outros” atuais estão sendo tamanho obstáculo ao meu progresso pessoal. Outro chefe, outra empresa, outra mulher (ou outro marido), outra cidade, outro prédio, outros “outros”.

Em qualquer hipótese, os outros são apenas um estímulo a mais para a minha própria resistência. Eu é que lhes dou corda, na esperança de que assim eu possa me sentir um pouquinho melhor e mais aliviado em relação à minha própria falta de coragem em mudar.

É a vontade de Deus que seja assim…
Não há injustiça maior para com Deus dizer que ele é que não quer que eu mude, cresçam melhore, vá em frente, contribuindo cada vez mais e melhor com a obra que ele iniciou. Não acredito que Deus possa querer que eu fique parado, sofrendo, indeciso, chateado, angustiado, sem ver perspectivas. Um Deus que queira o meu mal, não é Deus, mas o diabo!
Jogar nas costas de Deus a responsabilidade pelas coisas da minha vida é a mesma coisa que recusar a vida que Deus me deu. “Viva por mim e em meu lugar, Senhor”, porque eu estou com muito medo de viver…

É claro que existem espertalhões que se declaram “porta-vozes” do Senhor que se dispõem a “traduzir” em “regras”(feitas por eles, é claro) a “vontade” do Senhor. É tentador seguir esses malfadados profetas, sobretudo quando eles me seduzem chamando de “vontade de Deus” a minha preguiça, a minha falta de ânimo, a minha falta de entusiasmo, a minha falta de fé em Deus e na Vida… Aí eu me sinto realmente confortável e protegido em minha inércia, em minha pobreza existencial.
Mas Deus não precisa de porta-vozes: – Ele fala comigo diretamente, o tempo todo, mesmo quando eu fico mais ou menos surdo ao que Ele está me dizendo. É preciso não confundir A MINHA FALTA DE VONTADE com a VONTADE DE DEUS.

Não fica bem (ou “pega mal”)
Eis aí duas desculpas realmente esfarrapadas para não mudar. Elas são capazes como ninguém de justificar a minha “resistência” em tomar alguma providência que eu considero particularmente indigesta, que vai “afrontar” alguma ordem vigente, que vai desagradar esse ou aquele, que vai colocar em risco o meu “mundinho” organizado e bobo.

Não fica bem ou pega mal quer dizer um não-dito muito forte: – esta mudança está “fora” dos padrões amplamente aceitos pela sociedade; ao faze-la, você corre o risco de ser rejeitado… Sendo assim tão “perigosa”, o meu “bom senso” (que é sempre o do outro, como demonstrou Descartes…) imediatamente entra em cena, bloqueando por completo a ação de mudança que eu deveria desenvolver. E, é claro, justificando o bloqueio, para que eu não me sinta tão mal, como “estratégia de auto-preservação”…

Agora o seguinte: qual é a mudança que NÃO vai contra alguma ordem instituída? Toda mudança é exatamente UMA ALTERAÇÃO DE ALGUMA ORDEM INSTITUÍDA, não tem outro jeito. Uma mudança que preservasse tudo como está seria uma “mudança que não muda nada”, ou seja, uma falsa mudança.

Assim é que, por medo de assumir qualquer tipo de conduta que VÁ CONTRA A ORDEM INSTITUÍDA eu acabo NÃO MUDANDO NADA EM MINHA VIDA, pois tudo que eu mudar de alguma forma irá sempre contra alguma ordem instituída.

Fica bem e pega bem, sim, fazer tudo que estiver ao meu alcance para levar uma vida mais relevante, mais produtiva, mais criativa, mais livre, mais alegre, mais feliz. Portanto, vale a pena o esforço de assumir condutas diferenciadas da maioria, do amplamente aceito e já consagrado. Sócrates, Galileu, Ghandi ou até mesmo Mary Quant (a criadora da mini saia) prestaram um grande serviço à si próprios e a toda a humanidade quando se dispuseram a fazer isso. Afinal de contas, ninguém faz um bom omelete sem quebrar alguns ovos…

Não tenho tempo
A campeã absoluta de todas as desculpas e justificativas esfarrapadas. O poderoso não-dito atrás dessa inocente (e aparentemente tão justa e justificável) justificativa é “não tive vontade”, “não estou a fim”, “tenho coisas melhores para fazer”, etc, etc. O pior é que o próprio justificador acaba acreditando tão convictamente na sua justificativa que realmente não encontra tempo na prática. A tática aqui é a seguinte: fazer tudo que não precisa ser feito de modo a ocupar o tempo todo e não sobrar tempo nenhum para fazer o que é preciso…

Isso é muito difícil (não vou dar conta)
O pior obstáculo é o que eu mesmo enxergo ou propositalmente coloco no caminho, a fim de justificar a minha incapacidade de seguir adiante. Mudança toma tempo, exige paciência e esforços, além de poder trazer aborrecimentos, transtornos e frustrações, às vezes até maiores do que as que eu já estou vivendo. O melhor mesmo é ficar quietinho no meu cantinho. Sendo muito difícil, eu jamais daria conta – e as pessoas, inclusive eu mesmo, me perdoarão “por eu ter tido a prudência” de nem sequer tentar…

Esta é uma desculpa que pode funcionar e realmente funciona. Além de tudo, goza de um prestígio extra junto aos desavisados: – vem revestida da poderosa capa da humildade… Seu grande inconveniente, contudo, é que, para usá-la com freqüência, o justificador vai ter que manter sua auto-estima numa posição mais baixa do que “poleiro de pato”… Mas, como eu digo, passarinho que come pedra, sabe o cu que tem…

Se eu tivesse mais dinheiro (quando eu tiver recursos)
Como, teoricamente, a falta de dinheiro justifica tudo, esta sempre será uma adorável desculpa, capaz de comover até mesmo os mais empedernidos corações. No entanto, quando olho mais atentamente para a minha alegada “falta de grana”, acabo descobrindo que a maior parte das coisas que preciso fazer INDEPENDEM de ter ou não dinheiro. Portanto, eu já podia estar fazendo. O discurso da falta de recursos se encaixa perfeitamente com a minha falta de coragem, com a minha indecisão, com a minha indisposição de pegar pra valer. Se os meus objetivos fossem realmente claros, se eu tivesse ao menos fixado prazos para tentar alcança-los, a falta de grana não precisaria ser usada como desculpa. Na verdade, todas as vezes que eu fiz isso, que eu fixei objetivos, prazos e priorizei projetos em minha vida, eu consegui ir adiante e atingir bons resultados, a despeito da falta de recursos. Que, aliás, nem deu pra notar.

Eu quero pensar melhor antes de me decidir…
Vamos deixar para um momento mais oportuno…
Na vida, oportunidade e ameaça andam de braços dados, ou melhor, são a mesma coisa. Assim, se eu não enxergar a oportunidade logo adiante vou ver a ameaça, com todas suas garras afiadas e sua enorme boca aberta para me engolir.

Se a minha resistência à mudança me obrigar a pensar e repensar um bilhão de vezes, quando eu tiver chegado à conclusão de se devo ou não aproveitar a oportunidade, ela já virou ameaça há muito tempo!

O contrário de resistência à mudança é senso de oportunidade.
Raramente a desculpa de “ter mais tempo para pensar melhor” ou “adiar para tempos melhores” representa na prática a posição de prudência com que ela vem revestida. Na maioria das vezes é apenas uma máscara para falta de disposição, de pulso, de ânimo, de coragem, para enfrentar a situação e decidir – aqui e agora. Quando eu não estou a fim de resolver a questão, quando minha insegurança é maior do minha esperança, a mudança não acontece.

Isso aí eu já tentei várias vezes
Dizer que eu já tentei alguma coisa muitas vezes dá “peso estatístico” à minha resistência, o que me confere autoridade suficiente para descartar a mudança que está sendo proposta.

Em geral acontece de eu realmente ter tentado, mas apenas uma vez, e ter quebrado a cara ou então realmente muitas vezes, só que todas da mesma fracassada maneira, ou seja, cometendo os mesmos erros cometidos anteriormente.

Segunda-feira eu começo, sem falta
Essa é a desculpa típica de quando eu não estou a fim de começar o que me proponho, mas faço uma força danada para me convencer do contrário. Daí o adiamento providencial para a próxima segunda-feira, que é o dia em que tudo realmente começa (quando não é feriado, é claro…).
Quando eu estou mesmo determinado a mudar, vou mudando, independente do dia da semana ou da hora do dia.

Se eu tivesse alguém para me dar uma força…
Quando eu estou realmente certo do que eu quero, não necessito de ninguém para empurrar. Eu caminho por minhas próprias pernas. É muito comum eu alegar que está me faltando o devido apoio quando, na verdade, o que me falta é decidir o que eu quero da vida e partir em busca disso, com os recursos que eu já tenho.

A PERIGOSÍSSIMA SEDUÇÃO DA SEGURANÇA

O preço da segurança é a perda de liberdade de explorar o território sempre desconhecido e novo que é a VIDA, com suas infinitas escolhas e desafios.

Aceitando as convenções e seguindo os modelos de vida socialmente aceitos e consagrados, você evita o risco e o trabalho (pesadíssimo!) de explorar e conhecer o seu próprio EU, de encontrar e de trilhar o seu próprio caminho.

A segurança tenta me seduzir dizendo que o meu VAZIO INTERIOR, que a minha ALIENAÇÃO DE MIM MESMO, resultante do ABANDONO DA MINHA PRÓPRIA ESSÊNCIA, pode ser preenchido com bens materiais, títulos, fama, poder e grandes realizações. Não pode.

Geraldo Eustáquio de Souza

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