Quem se expressa bem vale por cem

Erros e Vícios de Linguagem – O comunicador, qualquer que seja o seu tipo de apresentação, deve tomar muito cuidado para evitar erros e vícios tão comuns, sobremaneira em políticos, como:

– De modos que… – de modo que
– De maneiras que… – de maneira que
– O livro foi dado para mim ler. – (Deve ser para eu ler)
– Cabe ao professor as homenagens da classe. – (Cabem)
– Me pediram que lhes dissesse. – ( Pediram-me)
– Os subsídios (z) dos parlamentares. – (É pronunciado com o som de “s”)
– Fazem três anos. – ( Faz)
– Quando chegamos em São Paulo. – (Verbos de movimento exigem a)
– Precavenham-se – (Não existe esta forma; é verbo defectivo)
– Têm pessoas que garantem. – (Há)
– Convido-o para a festa que realizar-se-á domingo. (O relativo que atrai o pronome {próclise})
– Vem jantar com nós. – ( Conosco).
– Entre eu e você está tudo certo. – ( Entre mim).
– Os verbos terminados em ejar, echar e elhar têm o “e” fechado.
– Quero lhe saudar. – ( Quero saudá-lo).
– Prefiro falar do que silenciar. – ( O verbo preferir exige a preposição a)
– E etc. – ( Errado! Etc. é abreviatura das palavras latinas ET COETERA = e as demais coisas).
– No entretanto – (Entretanto ou no entanto, todavia, contudo).

Erros gravíssimos – O bom comunicador deve fugir de estereótipos, tantas vezes com gravíssimos erros, embutidos. Como o modismo nacional da expressão grotesca:

1. “A nível de” – Se você ficar bem atento às entrevistas e aos pronunciamentos de muitas pessoas, em todos os níveis, perceberá que essa é uma das expressões mais utilizadas pela maioria das pessoas. Consta até mesmo de documentos oficiais advindos de órgãos como a Secretaria da Educação. Recentemente, em apenas cinco minutos de fala, em uma das secretarias de Guarulhos, uma única pessoa a pronunciou 13 vezes. Por favor, pelo seu próprio bem, use em nível de; nunca a nível de.

2. Acho ou achamos – Se um vendedor se apresentar a você e a qualquer pergunta sua lhe disser “acho que é”, como ela calaria em seu espírito? Soaria em tom de dúvida, com incerteza? Portanto, jamais adote essa expressão em seus contatos, de modo especial em seus pronunciamentos. O comunicador, o advogado e toda a pessoa que almejar convencer e persuadir deve afastar-se desse termo. Assegure-se do que tem para falar e afirme sempre: creio, penso, estou convicto, estou certo, asseguro, garanto. Jamais se valha do “acho”. Deixe-o para políticos que sabem que seus discursos são apenas promessas de campanhas, como o ex-ministro do Planejamento, ex-Ministro da Saúde, hoje candidato à presidente da república que tem se valido dessa tão frágil bengala.

3. Queria – Quando propuser algo, jamais afirme “queria”. Se desejar, se pretender de fato, afirme “quero”. Quem queria, deixou de querer. Já passou. Soa muito feito, principalmente se for na apresentação da fala, que é presente…

Concordância Pronominal

1. Os pronomes átomos: me, te, se, nos, vos, lhe e o – chamados enclíticos – são colocados depois do verbo: dirigimo-nos à sala de aula.

2. Tornam-se proclíticos quando há palavras atrativas: Não nos dirigimos.

3. Com o futuro do presente e com o futuro do pretérito (condicional) há mesóclise, se não houver partícula atrativa.

Palavras Atrativas

1. Todos os advérbios.

Ex.: Aqui se fala a verdade.

2. As conjunções subordinativas. Ex.: Quando me convocaram.

3. A palavra que é sempre atrativa. Ex.: As pessoas que me aceitam. Desde que você me avise.

4. Os pronomes demonstrativos isto, isso e aquilo. Ex.: Isto me agrada.

Em nossos cursos, que são filmados, por trabalharmos individualmente com cada colega de estudo, em atenção concentrada, os participantes assimilam muito bem o ridículo em que incorre quem comete esses erros. De igual modo, são trabalhados todos os tiques nervosos, as bengalas e as muletas como: né, tá, i, e tantos outros…

Prof. João Beserra da Silva

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