Para quem você pode virar a cara

Há pessoas que realmente não valem a pena que nos atingem mais do que gostaríamos de reconhecer.

E pior: vira e mexe, continuamos a encontrar estes indivíduos quando menos esperamos e – evidentemente – não temos a menor vontade de ser sequer civilizados com eles.

Vire a cara. Melhor: faça como se fossem invisíveis, passe reto, olhe além…

Se for o caso, finja que não conhece mesmo e, cinicamente, deixe que terceiros bem intencionados os reapresentem. E, perversamente, não estenda a mão.

Etiqueta, nada mais é do que um código de relacionamento. Ora, se alguém não respeita esse código e chega mesmo a feri-lo, nada mais justo que seja tratado de acordo. Em outras palavras: em determinadas situações vale perfeitamente o popular “bateu levou”.

Clássico: o sujeito que lhe rouba a namorada descaradamente. Ou a lacraia que tanto dá em cima de seu amor até que ele se bandeia para o lado dela. Você não tem a menor obrigação de ser gentil. Embora talvez fosse mais gratificante virar a cara para o namorado/a ingrata. Ou, será que não é o caso de dar graças a Deus?!

Quase drama – o pivô do fim do seu casamento – dá pra ser educado? É claro que não…

O safado que lhe deve dinheiro – pior: dinheiro de uma transação onde você cumpriu a sua parte preto no branco. Se, você tem certeza que jamais será pago, não hesite em virar a cara.

Tem coisa pior que um dedo duro? Há os especialistas em revelar casos amorosos, os que preferem a espionagem industrial e outros que – quando o regime permite ( ou permitiu) canalizaram sua má fé em pessoas que simplesmente pensavam diferente. Com estes, além de não cumprimentar, procure manter uma distância abissal.

O perjuro – ultimamente tem andado em moda: o sujeito não tem prova de nada, no entanto, aproveitando o cargo ou a atenção da mídia, resolve ter seus quinze minutos de fama. E levanta falsos testemunhos e suspeitas que, jura serem procedentes. São piores que vermes. E, como verme não tem mão nem boca, não há como cumprimentá-los.

Políticos sem escrúpulos – (ou os suspeitos) foram diretamente responsável pelo período mais difícil da sua vida. Fora o fato de ter sido provado que estava usando o seu dinheiro em benefício próprio e da família. De repente, você se encontra no mesmo recinto com a figura em questão. Pois pode virar a cara. E, se quiser, até xingar. Baixinho. Pra mostrar que, até pra isso, você tem mais classe.

A sua empregada ótima, seu braço direito há anos, muito sem graça, pediu demissão. Pouco tempo depois você a descobre trabalhando na casa da sogra de sua pseudo amiga. No moderno código de etiqueta configura como crime. E, deixar de cumprimentar é a pena mínima, pode acreditar.

Os esquizofrênicos – você nunca sabe o que esperar: quando está sozinho ele mal o/a cumprimenta. As vezes parece que nem lhe viu. E, dependendo de quem está com você, para, dá beijinho e até bate papo. Fuja destes vampiros. Simplifique e passe reto sempre…

Claudia Matarazzo: Trabalhou durante oito anos no Grupo Abril , recebendo o Prêmio Abril de Jornalismo por seus trabalhos na Revista Casa Claudia . Colaborou, por muito tempo ,como free lance para a Isto É – onde assinou por um ano uma coluna de gastronomia -Vogue e Playboy , onde lançou o suplemento de moda masculina. Hoje, assina uma página de comportamento na revista de bordo “Classe” , da Tam, e escreve semanalmente na revista “Já” do Diário de São Paulo e no jornal Tribuna de Santos.

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