Metaprogramas

Você possui inúmeros programas, específicos para cada comportamento: programas que lhe permitem andar, ler, operar uma máquina, etc. E possui também os metaprogramas, que organizam os programas e lhes dão direção.

Hoje analisaremos dois metaprogramas (existem vários).

Responda: se você tivesse que correr 20 Km, você preferiria correr porque iria receber um prêmio milionário ou porque atrás de você estaria um cachorro enorme e muito bravo?

Ir em direção ao positivo (o prêmio milionário) ou fugir do negativo (o cachorro bravo) são dois importantes metaprogramas, que dirigem muitos de nossos comportamentos. Cada um é adequado a determinados contextos.

Por exemplo, você coloca seu carro no seguro fugindo do negativo (roubos, acidentes). Você vai ao cinema buscando o positivo (distrair-se, ver seu ator preferido). E você compra um número de rifa ou para que parem de insistir e de importuná-lo (fugindo do negativo) ou na esperança de ganhar o prêmio (indo para o positivo).

Também um aluno pode estudar a fim de não ser reprovado (fugindo do negativo) ou para adquirir conhecimentos (indo em direção ao positivo).

Na verdade, na maioria das situações, é possível tanto se dirigir ao positivo quanto se afastar do negativo. É você quem escolhe o que focalizar.

Se você resolve ir a uma festa, poderá fazê-lo para se divertir (positivo) ou para não ficar em casa vendo programas monótonos na TV (negativo).

Há pessoas que estão sempre fugindo do negativo, em todas as situações. Estão sempre “lutando” contra algo.

Se resolvem fazer uma limpeza em casa, não é para que ela fique mais agradável (positivo), mas sim para “lutar” contra o pó, a desorganização, etc.(negativo).

Quando saem para o trabalho, não pensam nas coisas positivas que poderão realizar, mas sim na possibilidade de ficarem sem dinheiro caso não trabalhem, nas dívidas que têm para pagar (negativo) e encaram as tarefas como um inimigo que deve ser derrotado e eliminado.

Geralmente, têm muita dificuldade para sentir alegria, prazer nas coisas que fazem, pois estão sempre se obrigando a fazer algo: a lutar contra o tempo, lutar contra o cansaço e o desânimo frente a tarefas vistas como desagradáveis, que buscam fugir do negativo. São autoritárias e exigentes consigo próprias.

Algumas crenças contribuem para isto. Por exemplo: “Trabalho não combina com prazer, mas com obrigação, esforço, força de vontade”. “Estou sofrendo agora, mas depois meu esforço será recompensado”.

Pessoas com este tipo de crença sentem-se mal se estiverem se divertindo em seu trabalho. Para elas, a sensação do dever cumprido vem depois de “suar a camisa”, “dar o sangue”, “batalhar”, etc. Diversão combina com lazer.

Em geral elas se sentem bem melhor e mais felizes quando passam a questionar as crenças acima e quando reaprendem a sentir prazer em tudo o que fazem. Às vezes elas precisam se reconectar às suas sensações, pois estão como que anestesiadas. Suprimiram boa parte delas, uma vez que não se permitem sentir prazer e também porque precisam desconsiderar as sensações desagradáveis (cansaço, fome, sono) a fim de realizarem tarefas a que se obrigam, em que estão fugindo do negativo.

Nelly Penteado

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