As Sete Leis Espirituais do Sucesso

De forma muito simplista, o propósito maior de todo Ser Humano é ser feliz. Influenciados pelo contexto e valores da sociedade ocidental, inevitavelmente, acabamos relacionando a idéia de felicidade, ao sucesso.

Há quase 10 anos atrás, li o livro “As 7 Leis Espirituais do Sucesso”, escrito por DEEPAK CHOPRA. Naquela época, pouco se falava da espiritualidade no mundo corporativo.

Recentemente, assisti ao DVD sobre o livro e foi interessante perceber como aquelas ideias perderam o cunho de ser apenas uma busca pessoal, e parecem, hoje, ser tão essenciais à sobrevivência neste ambiente competitivo e, na maioria das vezes, árido das organizações contemporâneas. Na realidade, são as leis da VIDA! Este artigo é uma reflexão sobre a relação das ideias dessa obra com a gestão das pessoas.

A primeira lei trata “da potencialidade pura”, que acontece quando descobrimos a nossa essência e reconhecemos as nossas infinitas possibilidades e o poder delas decorrente. Este poder magnetiza, atrai, cria vínculos. Esta lei depende do autoconhecimento, que hoje é tão valorizado no mundo corporativo, na medida em que nele se baseia o desenvolvimento pessoal, ou seja, o desenvolvimento de outras competências. Meditação, silêncio, atitudes contemplativas são algumas das formas de trilhar esse caminho.

A gestão de pessoas tem focado bastante sua atenção para estes aspectos, por meio de ações de desenvolvimento pessoal e, em especial, das lideranças, como importante fator de reconhecimento destas possibilidades.

A segunda é a lei “da doação”. O universo opera através de trocas de energia. ”O fluxo da vida nada mais é do que a interação harmoniosa de todos os elementos e de todas as forças que estruturam a existência.” Tanto nos relacionamentos interpessoais, como na gestão do conhecimento, cada vez mais, a troca é valorizada, pois a única forma de perpetuar, enriquecer, encontrar soluções é compartilhar, colaborar, doar aquilo que temos de melhor.

A terceira, a lei “do carma”, expressa no dito popular “você colhe aquilo que você semeia.” A melhor maneira de entender e utilizar a lei do carma é estar conscientemente alerta para as escolhas que fazemos a todo momento. Na verdade, é assumir a autoria da própria história, e isto impacta no como as pessoas se posicionam frente às constantes adversidades que a vida, dentro e fora das corporações, nos apresenta. Pessoas que não percebem e nem assumem suas escolhas passam a vida se vitimizando, como se, não tivessem escolhas!

A quarta a lei “do mínimo esforço”. Precisamos aprender e agir como a natureza: ela funciona sem esforço, sem ansiedade. A natureza simplesmente acontece. Nós gastamos muita energia desnecessária porque contrariamos a nossa própria natureza, a começar quando fazemos algo de que não gostamos, ou um trabalho que não tenha significado para a realização de nossa missão pessoal.

A quinta lei “da intenção e do desejo” fundamenta-se no fato de que a energia e a informação existem em toda parte da natureza. De acordo com esta visão quântica do universo, “a mudança consciente acontece através de duas qualidades inerentes à consciência: a atenção e a intenção. A atenção energiza e a intenção transforma. Quando você concentra sua atenção em alguma coisa, ela fica mais forte em sua vida”. A intenção é o poder que move o desejo e organiza a sua realização.

Há muito tempo, organizações têm focado sua atenção nos aspectos motivacionais dos indivíduos, pautados pela ciência. Essa lei trata desta questão sob uma nova ótica. Muitas ferramentas usadas nos processos de coaching são baseadas nessa lei. Quando sugerimos que as pessoas desenvolvam suas metas, um plano de ação para atingirem seus objetivos, estamos usando a lei da intenção e do desejo.

A sexta lei espiritual do sucesso é a lei “do distanciamento”, segundo a qual, para se conseguir qualquer coisa na natureza é preciso desapegar-se dos resultados. Esta é a lei mais complicada de entender e de praticar, pois desapegar-se não significa abandonar a intenção e o desejo. Significa evitar a rigidez mental sobre como as coisas devem ser. Não forçar soluções de problemas, criando novos problemas. É ter a disponibilidade para aceitar a incerteza inerente à existência humana. Isto permite que enxerguemos possibilidades diferentes, de quando nos apegamos a determinado padrão de resposta, solução, expectativa.

A sétima, a lei do “darma” (palavra sânscrita que significa o propósito da vida): “Todos temos um dom singular ou um talento único para dar aos outros”. O mundo corporativo sabe disto e seu grande diferencial competitivo está na capacidade de identificar, atrair, reter e desenvolver esses talentos, nesta era do capital humano. Felizmente, esta visão que antes se restringia àquilo que o ser humano pode colocar a serviço dos interesses e resultados organizacionais. Hoje, já não se trata do talento só intelectual, mas ele é entendido numa perspectiva mais holística, em que aspectos emocionais e espirituais são valorizados, pois impactam na realização pessoal, e isto, afeta os resultados, na maioria dos casos, medidos pelo lucro. Esta lei está relacionada ao significado do trabalho, porque se o trabalho não estiver alinhado com o propósito maior da existência, ele não será uma fonte de realização pessoal. Na medida em que, na maior parte de nossa existência, trabalhamos, esta é uma questão decisiva na concepção do que seja sucesso.

Neste ponto, o principal aspecto é a pessoa perceber que este talento só faz sentido se estiver a serviço da humanidade. Quando você combina a capacidade de expressar seu talento único com os benefícios da humanidade, está fazendo pleno uso da lei do “darma”. Pela influencia de nossa cultura ocidental, buscamos sempre no caminho das ciências, as respostas e soluções para as importantes questões do mundo moderno, inclusive para os negócios. Com a aproximação da cultura oriental, da filosofia, dos estudos focados na espiritualidade, começamos a perceber que esta fantástica teia do conhecimento, sob um olhar multidisciplinar e multidimensional, contribui para que os indivíduos alcancem o autodomínio e entendam que são “seres espirituais passando por experiências humanas” e não ao contrário, seres humanos vivendo experiências espirituais.

Denize Dutra – Consultora do Instituto MVC

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