Crenças limitantes

As mudanças em nossas crenças ocorrem com motivação; formamos nossa identidade a partir das crenças e valores que orientam nossa vida. Estamos sempre em busca de mais escolhas, e a partir das modificações que ocorrem em nossas crenças, obtemos mais opções para orientar nosso comportamento frente às diversas situações.

Mesmo com todos os ganhos que podemos obter com nossas crenças limitantes modificadas, observa-se que determinadas pessoas não mudam – são as crenças limitantes negando o desejo de obter a mudança.

O sistema de crenças é muito importante ao indivíduo; se ele acredita que pode fazer, que realmente é capaz de fazer, ele faz, e se acredita que não pode, é enviada uma mensagem ao seu inconsciente formando a crença limitante que o impede de fazer e de desenvolver determinada habilidade.

“Eles podem porque pensam que podem.”
Virgílio

Antes de qualquer coisa é preciso tratar essa crença limitadora que impede a pessoa de realizar algo. O primeiro passo para isso é identificar o estado desejado; precisamos deixar bem claro como queremos estar e, principalmente, como saber que a meta foi atingida. Isso é feito através da ponte ao futuro, onde captamos as sensações, imagens e sons. É muito importante esse objetivo ser estabelecido no positivo e uma vez estabelecido positivamente, uma mensagem é transmitida ao inconsciente afirmando ser possível realizar o que foi proposto. A PNL acredita que possuímos todos os recursos que precisamos para efetuar as mudanças que queremos. Vale salientar que este processo de condicionamento é automático.

Depois de fixado o objetivo, o próximo passo é detectar o estado atual, realizar a comparação entre o estado atual e o estado desejado, e somar os recursos necessários para a mudança. Ou seja, EA (estado atual) + R (recursos) = ED (estado desejado). Essa fórmula está presente na maioria das técnicas de PNL.

Em determinados tratamentos torna-se desafiador dar os recursos necessários para o sujeito devido às interferências de pensamento do próprio sujeito. Sendo assim, torna-se necessário reconhecer essas interferências e trata-las separadamente. Na maioria das vezes esses comportamentos têm um ganho secundário muito significativo, como uma criança que finge estar doente para receber mais atenção do que receberia se em perfeito estado de saúde, e por esse ganho, preferem não se modificar.

Existem três tipos de interferências:

1. Do lado do sujeito – ele não deseja a mudança;

2. Quando a pessoa não sabe como vai proceder com a nova mudança, não sabe como vai agir com o novo comportamento;

3. A pessoa não se dá a chance de usar o que acabou de aprender.

É preciso querer mudar, saber como mudar e se dar à chance de mudar, sendo que, antes de qualquer coisa é preciso que o sujeito acredite que pode mudar.

Os quatro elementos na mudança são:

1. Fisiologia – no sentido físico. Por exemplo, para se criar uma imagem do estado desejado, é preciso que a pessoa esteja olhando para cima e a direita. Será muito mais fácil dessa imagem ser criada do que se esta pessoa estivesse olhando para baixo e para a esquerda. As interferências referentes à fisiologia podem ser minimizadas com esses pequenos detalhes.

2. Estratégias – o meio para o sujeito organizar as imagens, sons e sensações a fim de determinar um comportamento padrão. É colocar na sequência, em segmentação as formas de interpretação da pessoa em cada canal. Por exemplo: seu objetivo é falar com determinada pessoa através do telefone e para isso precisará ligar para o número do telefone desta pessoa obedecendo uma sequência: 3265-9801. Caso você use os mesmos números, porém em uma sequência diferente (9281-0635), a chamada cairá em outro lugar, e você falará uma pessoa totalmente diferente da que você gostaria.

3. Congruência – assumir o compromisso para a mudança, aceitação interna das partes conflitantes de que algo precisa ser mudado. É a integração entre partes, ação conjunta do consciente e do inconsciente. A incongruência ocorre quando uma das partes tem um bom ganho secundário, e pode ocorrer também entre o que se deve fazer e o que se deseja fazer.

4. Crenças e sistema de crenças – é esse sistema que motiva nosso comportamento. Comportamo-nos de acordo com o que nós acreditamos. Quando não se acredita que o objetivo pode ser atendido, o sujeito tem a expectativa do objetivo desejado, fica sem esperança. À expectativa da auto-eficacia, o sujeito acredita que o objetivo é possível, porém acredita que só é possível para o outro e não para si mesmo, sente-se desamparado. Desesperança e desamparo levam a apatia.

Não podemos esperar que nossas crenças coincidam o real e como não sabemos a diferença entre o real e o imaginário, formamos a crença e as mudamos através da inclusão de recursos.

Rodrigo Zambom

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