Liderança e verdade

Com a proximidade das eleições, o tema liderança desperta renovado interesse. Um interesse que não se restringe à política, mas a todas as outras atividades humanas. A habilidade de liderar, de comandar uma situação, seja política, econômica, social, religiosa ou pessoal é algo de fundamental importância.

Talvez a questão crucial na liderança seja mesmo a verdade. Para Jesus de Nazaré, através da verdade conquistamos a tão almejada liberdade.

Para Mahatma Gandhi, em conflitos íntimos ou políticos, a verdade é a melhor arma. Nos debates políticos, a verdade se torna um poderoso instrumento nas mãos daqueles que querem conquistar o poder. Foi o ponto crucial do debate entre Kerry e Bush, candidatos à presidência dos EUA. Kerry foi declarado vencedor pela maioria dos entrevistados. Soube explorar com habilidade as questões obscuras por trás da invasão do Iraque.

No livro A Arte de Liderar, Sônia Jordão diz que liderar é a arte de tirar um grupo ou uma organização de onde está e levar para onde deveria estar. O verdadeiro líder possui seguidores—pessoas que acreditam nele—e que, ao acreditarem em seus pensamentos, palavras e ações—estão dispostos a fazer o que o líder deseja.

Embora muitos desejem ser líderes, poucos conseguem, pois a liderança requer auto-conhecimento. O conhecimento de si mesmo requer uma incrível dose de disciplina e reflexão sobre nossos pontos fortes e fracos. Além de exigir de nós um compromisso inexorável com a verdade.

Esse compromisso não é fácil. Pois, a verdade requer humildade, que é a habilidade de escutar os liderados, isso porque, por mais brilhante que seja um líder, ele somente poderá ver a realidade a partir do ponto de vista dele. Para ser o representante de um grupo ou de uma organização é necessário que o líder seja o primeiro a reconhecer a limitação de suas percepções—e busque aconselhamento constante.

Ao sentirem-se ouvidos, compreendidos e respeitados, os seguidores sentem-se valorizados e cada vez mais comprometidos com a causa do líder. Pelo contrário, se a arrogância toma conta da cabeça de uma organização, ela perde sua capacidade de liderar.

Talvez seja por isso que o Divino Mestre aconselhou que aquele que quisesse ser o primeiro fosse o último e aquele que quisesse ser o maior deveria ser o mais disposto a servir incondicionalmente aos seus semelhantes. Ele mesmo se dispôs a lavar os pés de seus liderados, criando assim uma imortal imagem, do que, realmente, é ser um líder. Mais, o líder máximo é aquele que está disposto a entregar a sua própria vida, pelos liderados.

Dr. Ômar Souki

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