Liderança e Mudança nas Organizações

Todo processo de mudança mexe com valores, interesses individuais, cria expectativas, receios, envolve aspectos racionais, irracionais e emocionais. Dentro de uma empresa afeta inclusive as relações de poder.

Entre o momento atual e a implantação de fato das novas ideias há um período nem sempre seguro e tranquilo para caminhar, isento de reações. Cabe ao líder ouvir e negociar as diferentes expectativas, criando assim maiores chances de sucesso em todos os níveis.

O próprio líder precisa estar engajado no processo para poder agir de forma congruente, ter um discurso coerente e passar veracidade, mesmo que não possa ainda abrir o leque de informações por completo.

Sabemos que os neurônios espelho e a amídala (do cérebro) dão o sinal de alerta quando algum tipo de instabilidade e possível ameaça se vislumbra. Conhecemos os resultados disso na prática: o famoso “rádio peão”, resultando em insegurança e conversas conflituosas, nem sempre verdadeiras.

O líder necessita ainda ser hábil em lidar com conflitos, questionamentos, frustrações, ter enorme paciência com os desconfiados e opositores, buscando alinhar todos, ele inclusive, na mesma teia da construção do novo futuro.

Os membros da equipe necessitam estar engajados nesse processo, se sentindo como parte integrante, alinhados nesse esforço.

Através de comunicação franca e aberta o líder deve apoiar, estimular e promover segurança, desenvolvendo espírito de equipe e estimulando sensação de pertencimento, fundamental para gerar compromisso.

Uma liderança mais participativa gera um clima organizacional mais propício a mudanças e implantação de novas formas de desenvolvimento. Com transparência, bom humor, diálogo aberto, ética, respeitando as diferenças e aspectos individuais, sensibilidade, inteligência emocional, inteligência espiritual, e excelente comunicação, buscando ouvir, compreender, compartilhar e estimular novos pontos de vista sobre as mudanças e inovações, os momentos de tensão podem ser minimizados.

O líder ainda tem que ser mobilizador e ajudar na definição dessa nova visão do futuro. Essa habilidade de motivar e comunicar deve ligar as diferentes áreas da organização.

Motivar em várias mãos e direções, explanando e discutindo com clareza os rumos organizacionais e ao mesmo tempo buscando energia e instigando o brilho no olhar dentro de cada um.

Ser um líder estratégico é um grande desafio. Há uma discussão dessas questões de mudança e inovação que circula nas dimensões “previsíveis e controláveis”. Talvez esse nível seja mais fácil que a interlocução “emocional”, cheia de receios, desconfianças e meias palavras. É importante criar uma nova visão da organização, envolvendo todos nesse futuro, para que se portem como aliados.

E se for uma organização disposta a se adaptar e se antecipar a mudanças, se preparar para o que vem, pode ter equipes alinhadas, líderes altamente estratégicos, capital humano desenvolvido, e continuar crescendo com grande diferencial competitivo. Além de ser uma “organização que aprende”, pode também ser uma “organização que ensina”. – Lucy Cintra

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