A Hipnose – Histórico e Termos

HISTÓRICO
Nos achados da Antiguidade, encontra-se textos, com mais de 4.500 anos, que nos relata como os sacerdotes da Mesopotâmia, usavam o Transe – um estado diferenciado da consciência usual – para realizar diagnósticos objetivando curas. Podemos considerar esses registros como sendo os mais antigos documentos a citarem o transe em sua função terapêutica, um hábito comum à diversas culturas naturalistas.

No século XIX, ao pesquisar esse procedimento, o Dr. James Braid denominaria a esta ciência o nome de HIPNOSE. O nome escolhido advêm de Hypnos – deus grego do sono – e foi escolhido pelo Dr. Braid devido a semelhança do estado de transe com o estado de sonolência. Vemos assim, que desde seu surgimento, a Hipnose sempre esteve vinculada à busca da cura e é neste sentido que a ciência médica atual pesquisa não só a extensão que se pode obter com o seu emprego, como também as respostas de como e porque o cérebro processa o estado hipnótico.

O TERMO HIPNOSE
O termo Hipnose abrange qualquer procedimento que venha causar, por meio de sugestões, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamento e na memória, inclusive desencadeando reações neurológicas, endócrinas e metabólicas.

NOMENCLATURAS

HIPNOSE: Estado de estreitamento de consciência ou atenção, provocado artificialmente, parecido com o sono, mas que dele se distingue fisiologicamente pelo aparecimento de uma série de fenômenos espontâneos ou decorrentes de estímulos verbais ou de outra natureza, um indivíduo tratado com hipnose pode manifestar:

TRANSE: é um estado altamente focalizado de atenção. Portanto, dizemos estar em transe aquela pessoa que tem sua atividade psíquica voltada para uma direção específica, como por exemplo: estar com a atenção absorta em um filme, uma história, uma música e assim por diante; estes tendem a serem transes leves, mas o que acontece quando se potencializa este processo? Em um sonho, pensamos e sentimos de acordo com a realidade deste, o mesmo se processa em um transe, que neste caso pode ser diferenciado do sonho devido ao fato de se ter uma direção do conteúdo colocada pelo próprio paciente e/ou pelo hipnotista.

HIPNOLOGIA: Estudo da natureza da Hipnose a investigação científica de seus fenômenos a repercussões;

HIPNOANÁLISE: É a análise feita em cada caso, estudo pormenorizado do(s) problema(s) de um paciente para programar uma sessão terapêutica;

HIPNOTERAPIA: Terapia feita através da hipnose, como ato psicológico;

HIPNODONTIA: Hipnose como ato odontológico;

HIPNIATRIA: Procedimento ou ato médico que utiliza a hipnose como parte predominante do conjunto terapêutico, empregando técnicas curativas;

HIPNOSE DE PALCO: Utilizada em shows;

HIPNOTISTA: Profissional que pratica a hipnose;

DEHIPNOTIZAR: Ato de retirar o paciente do transe hipnótico.

O termo HIPNIATRIA fora criado em 1968 pelos professores Miguel Calille Jr. e A. C.M.Passos, constatando a tese elaborada por este último, em monografia de 1974, sendo unanimemente considerada por todas as escolas de hipnose do Brasil. Esta nomenclatura foi feita em analogia com as outras especialidades médicas ( Pediatria, Psiquiatria, Foniatria, Fisiatria etc) onde o sufixo grego YATROS (médico) origina IATRIA – ato médico.

ESTADOS E PROCESSOS DA HIPNOSE CLÍNICA
Uma sessão de hipnose consiste basicamente de 3 etapas:

1a.) Estado pré-hipnótico: É a preparação ao transe, são sugestão dadas antes da introdução ao transe, de forma que o sugerido ocorra uma vez que se esteja no sono terapeutico. Consiste em um relaxamento profundo e controlado pelo hipnólogo, baixando a freqüência cardíaca e os níveis das ondas cerebrais. Pessoas altamente sugestionáveis podem entrar automaticamente nesse estado, com o uso de chaveamento mental.

2a.) Estado hipnótico: Consiste em desarmar ou simplesmente desviar o censor crítico da mente. É a porta de entrada da mente para trabalhar as induções, sugestionamentos e condicionamentos, empregando técnicas como CONDEX (Condicionamento Externo), CONDIM (Condicionamento Interno), RECOM (Recondicionamento Mental), DESCON (Descondicionamento Mental)Regressão de idade, Progressão de idade, TVP (Terapia de Vidas Passadas), Energização, BLOREM (Bloqueio de Registros Mentais), CHAMEN (Chaveamento Mental), entre outras. Existem diversos níveis de escalas para o estado de sono terapêutico, as mais importantes são Hipnoidal, Média e Sonambólica e Catalepsia, sendo que as duas últimas, nem todas as pessoas conseguem atingir, dependendo das condições físicas, mentais e ambientais em que a pessoa se encontra no momento da sessão, nelas são possíveis fazer com que o paciente converse inconscientemente, abra os olhos, caminhe, etc (níveis necessários para se trabalhar técnicas de regressão); de forma geral, a hipnose clínica (Hipniatria) não necessita que o(a) paciente esteja no estado sonambólico, nem cataléptico. Cada hipnólogo possui sua própria técnica, desenvolvida e aprimorada por ele próprio ou estudada em cursos.

Obs: As técnicas condicionativas (COMDEX – CONDIM – RECOM – DESCOM) são as últimas palavras dentro da ciência da hipnologia, técnicas estas que abrem novos rumos para saúde humana, batizada pelo Prof. Luiz Carlos Crozera como HIPNOSE CONDICIONATIVA.

3a.) Estado Dehipnose: É a preparação e o retorno do censor crítico da mente ao seu estado normal, o restabelecimento das funções respiratórias e cardíaca, retirando o paciente do sono terapêutico.
Fonte: Grupo de Hipnose Clínica

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