Aposte no bom humor e faça sucesso em sua apresentação

Um toque de humor atrai a atenção e o interesse do público, e o sucesso é praticamente garantido

Como disse sabiamente o grande comediante Victor Borge, conhecido com o Rei dos palhaços da Dinamarca: “O riso é a distância mais curta entre duas pessoas”. E eu posso afirmar que em apresentações que utilizam uma boa dose de humor, a conexão com a plateia é mágica e faz com que seus expectadores participem de sua palestra, apresentação ou treinamento e se envolvam com o tema.

Eu sei que nesse momento você deve estar pensando “Mas eu não sei nem contar piada! Imagine utilizar humor em minhas apresentações!”, mas vamos lá. O humor é um traço de personalidade que pode e deve ser desenvolvido. Deixe de contrariar e coloque-se na posição do aprendiz. Pare com essa mania (isso mesmo, mania) de dizer “eu não sei”, “eu não posso”, “eu não consigo”. Você não nasceu sabendo de tudo. Aprendeu e desenvolveu-se com as circunstâncias da vida, não é mesmo?

Você quer melhorar sua performance e por isso precisa descobrir novos caminhos para atrair a atenção de seu público. O uso do humor cria empatia com as pessoas. As pessoas gostam de rir. Isso faz com que elas entrem em seu mundo, faz com que se sintam parte da sua apresentação. As pessoas gostam de ter essa sensação de pertencer a algo.

Eu, por exemplo, sempre fui considerada uma pessoa muito séria e até brava. É importante ter seriedade, mas é fundamental desenvolver uma personalidade mais agradável. Percebi que faltava algo. Comecei a estudar o que os grandes apresentadores e oradores tinham em comum e percebi que “temperavam” suas apresentações com consideráveis doses de humor, alternadas, durante todo o contexto. Não que transformavam a palestra em apenas um show de humor, mas que se utilizavam sabiamente desse recurso, durante suas apresentações. Quando comecei a focar nesse traço de personalidade, percebi que determinadas pessoas, aquelas consideradas as queridas do grupo, também tinham essa performance, mesmo que em conversas do dia-a-dia.

Eureka! Decidi que descobriria o caminho para essa alquimia. E assim, vou procurar ajudá-los nesse delicioso passeio pelas ondas do bom humor, da empatia e do magnetismo pessoal. Vamos lá:

Ponto nº 1: Comece a perceber as coisas que fazem você rir. Que tipo de leitura, programas de TV, rádio, performances de atores. Quais artistas que se utilizam de humor você gosta de assistir? Qual estilo de humor você gosta: exagerado, trocadilhos, mais ponderado, mais palhaço, enfim, com qual você mais se identifica?

Ponto nº 2: Certamente você não é um muro inanimado! Já deve ter feito pessoas rirem. Puxe pela memória e lembre-se de momentos em que isso aconteceu. Qual foi a sua postura no momento? Contou uma história? Quais os traços de humor que utilizou que fez com que as pessoas se divertissem? Eu, por exemplo, tenho uma tendência ao exagero e a um jeito mais “palhaço”. Adoro empregar a teatralidade em minhas palestras, aulas, reuniões e, principalmente com as pessoas no meu dia-a-dia. É claro que tudo muito bem ponderado.

Ponto nº 3: Deixe o improviso do humor para quando você estiver bem treinado. Antes, treine bastante: na frente do espelho, com filmagens caseiras. Analise sua performance, seu tom de voz, seus trejeitos. Veja onde você se destaca, onde você é mais cômico e vá em frente e avante!

E na hora da apresentação, isso certamente poderá lhe ajudar e muito a conseguir uma reação positiva das pessoas:

– Supondo que você precisa discutir um conceito ou uma ideia que seja um tema “morno”, chato de manter a atenção. Você pode escolher pessoas da plateia para representar esse conceito. Quando a barreira palco-platéia é rompida, a magia acontece. Você também pode abrir uma votação ou simplesmente fazer perguntas e desenvolver o tema com as respostas. Sempre procurando apimentar com bom humor;

– Você também pode convidar a plateia a ajudá-lo a solucionar algum problema. Trabalho muito com esse jogo corporativo. As pessoas gostam de desafios e a adesão é muito gratificante As pessoas aprendem brincando e se divertindo, absorvendo com muito mais intensidade o conteúdo;

– Aprenda a contar histórias. Não apenas a narrativa, mas aprenda a “interpretar”. Não fale sobre as personagens – seja as personagens. Faça com que as pessoas visualizem. Não fale para as pessoas, e sim com as pessoas. Conte a mesma história para você, várias vezes, até ter a certeza de que você está se divertindo muito;

As vantagens em utilizar alternâncias de humor em suas apresentações são inúmeras, como já vimos, e você poderá utilizá-lo em vários pontos. Por exemplo, em transições de fala de um ponto para outro do contexto. É extremamente ilustrativo. O humor faz com que as pessoas imaginem a situação e isso fixa conteúdo como uma super cola. Faz também com que você consiga a adesão quase que instantaneamente, aumentando consideravelmente sua empatia com o público.

Enfim, isso lhe ajudará certamente a ser uma pessoa mais simpática, agradavelmente reconhecida e marcante. Pratique sem medo, pois citando nosso querido Charles Chaplin, “um dia sem rir é um dia desperdiçado”.

Van Marchetti é consultora, palestrante, facilitadora e instrutora de treinamentos corporativos. Diretora da Attitude Plan – Consultoria e Treinamento Empresarial, ministra treinamentos nas áreas de oratória, liderança, administração de conflitos, integração de equipes, técnicas de apresentação e comunicação e relacionamento em vendas. Professora de pós-graduação, Van também ministra sessões individuais dos temas acima. www.attitudeplan.com.br

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